A Fonte Luminosa, Parnarama-MA

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Morre ex-governador do Maranhão Jackson Lago




O ex-governador do Estado do Maranhão, Jackson Lago, 76 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (04). Ele estava internado no Hospital do Coração, em São Paulo onde deu entrada na última quarta-feira (30) para tratar um processo inflamatório no pulmão. O ex-governador lutava também contra um câncer de próstata.
Além de ex-governador do Maranhão, Lago foi prefeito de São Luís.
Ele estava em São Paulo desde o fim das eleições para o governo do Estado, em outubro de 2010. Lá, acompanhado da família, enfrentou mais uma etapa do tratamento quimioterápico, que foi encerrado em fevereiro deste ano.
Há dois dias, Igor Lago, filho de Jackson Lago, já havia admitido que o estado de saúde do pai era delicado. “É um quadro grave, ele sofre de uma doença grave (câncer de próstata) e é um senhor de 76 anos. Enfrenta a doença e seus efeitos colaterais. A gente não sabe como vai ser essa evolução. É uma incógnita para a família”, declarou em entrevista ao blog do jornalista Décio Sá.


O velório deve acontecer no prédio da Assembleia Legislativa amanhã. Os deputados estaduais fizeram um minuto de silêncio durante a sessão desta segunda-feira (04) e decretaram luto pela morte do político.

A vida de Jackson Lago
Nascido em Pedreiras, no interior maranhense, Jackson Lago começou sua trajetória política ainda na década de 1960, participando de protestos contra a ditadura militar.[1] Ligado ao sindicato dos médicos, foi pioneiro na realização de cirurgia torácica no sistema de saúde pública do Maranhão e lecionou na Faculdade de Medicina do Estado.[2] Em 1979, ao lado de Leonel Brizola, ajudou a fundar o diretório do Partido Democrático Trabalhista, do qual permaneceu até seu falecimento em 04 de Abril de 2011.
Prefeito de São Luís por três ocasiões (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002, quando foi reeleito), Lago, que conquistou o título de melhor prefeito do Brasil, de acordo com pesquisa do jornal Folha de S. Paulo,[2] considera a ampliação do número de alunos das escolas públicas e a melhoria da capacitação dos professores suas principais realizações à frente do governo da capital maranhense.[1] A gestão Lago em São Luís também foi reconhecida por avanços nas áreas de saúde, geração de emprego e renda, segurança pública, participação popular, infra-estrutura, meio-ambiente e cultura.


Lago renunciou ao último mandato de prefeito de São Luís para concorrer ao governo do estado.[2] Contando inicialmente com a preferência de apenas cerca de 20% do eleitorado, Lago surpreendeu todas as pesquisas de opinião e foi eleito no segundo turno com 51,82% dos votos válidos contra 48,18% de Roseana Sarney.[3] Uma pesquisa do IBOPE contratada pela TV Mirante, indicava que Roseana ganharia o pleito ainda no primeiro turno. Apenas o Instituto Toledo & Associados, contratado pelo jornal O Imparcial, previu a possibilidade de haver um segundo turno no estado.[4] Durante a campanha, Lago apostou no desgaste político da família Sarney, denunciando fortemente casos de corrupções envolvendo o grupo ligado a esta. Lago fez seu material de campanha com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar deste ter declarado apoio público à rival Roseana.
Com apenas cinco meses de governo, em maio de 2007, teve seu nome envolvido na Operação Navalha da Polícia Federal, ocasião em que foi apontado pela PF como beneficiário de vantagem indevida por meio de seus sobrinhos, Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior, presos durante a operação. Segundo a PF, o então governador teria recebido R$ 240 mil para permitir o pagamento, pela Secretaria de Infra-Estrutura do Estado, de R$ 2,9 milhões de uma obra da Gautama, empresa sediada em Salvador.[5] Em razão disso, é réu em ação penal que corre no Superior Tribunal de Justiça (STF).
Após sua eleição colocar um fim aos 40 anos de domínio da dinastia Sarney no estado, Lago foi acusado pela campanha da candidata adversária, já no final de 2007, de cometer irregularidades eleitorais como abuso de poder e compra de votos.
Em 2 de março de 2009, o TSE julgou ação movida pela coligação da candidata derrotada Roseana Sarney e decidiu, em votação apertada, anular os votos de Lago e de seu vice, Luiz Carlos Porto, do Partido Popular Socialista (PPS). Em razão disso, Roseana Sarney passou a ter mais da metade dos votos válidos, fazendo com que o TSE então a declarasse eleita e determinasse que ela tomasse posse. Jackson e Porto continuaram em seus cargos até o fim do julgamento de recursos.
Em 16 de abril de 2009, o TSE confirmou a cassação do mandato de Lago e Porto e ordenou a diplomação da segunda colocada no pleito. Entretanto, Lago se recusou a abandonar o Palácio dos Leões, sede do governo. O movimento de resistência ao novo governo recebeu o nome de “balaiada” (em alusão à revolta que ocorreu no estado entre 1838 e 1841) e recebeu apoio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, da Via Campesina, do deputado federal Domingos Dutra (PT) e do deputado estadual Valdinar Barros. Após a saída do Palácio dos Leões, Jackson prometeu continuar sua vida política em discurso no diretório estadual do PDT.
A cassação de Jackson Lago rendeu um artigo do músico Zeca Baleiro na revista Istoé com duras críticas à família Sarney.[7] Para o músico, nascido em São Luís no mesmo ano em que José Sarney tomou posse como governador, a medida foi tomada “por meio de manobras politicamente engenhosas e juridicamente questionáveis”.[7] Por outro lado, a cantora Alcione apoiou publicamente a volta de Roseana Sarney ao governo do estado.
Em 2010, Lago se candidatou novamente ao cargo de governador do Maranhão e perdeu. Houve dúvidas em relação à sua candidatura, uma vez que a recém-promulgada Lei da Ficha Limpa proíbe a candidatura de políticos condenados em tribunal colegiado, mas o TRE-MA deferiu por unanimidade a candidatura de Lago.[9] De acordo com a pesquisa mais recente do IBOPE no estado, está empatado com Flávio Dino, do Partido Comunista do Brasil (PC do B) nas intenções de voto.[10] Com a realização de um segundo turno cada vez mais iminente, ainda não se sabe qual dos dois candidatos enfrentará a atual governo.

O Maranhão perdeu não só um grande Homem, mas também um grande político na historia desse estado. Pois para muito maranhenses ele foi o melhor governador que este estado já teve em sua história política em seu pouco tempo que passou como Governador do maranhão, ele se foi, mas deixou a sua marca registrada de norte a sul e de leste a oeste desse Estado, a sua historia será escrita por milhares e milhares de anos não só no maranhão mais em todo o Brasil.

 A DEUS Dr JACKSOM E OBRIGADO PELO SEU TRABALHO BRILANTE REALIZADO EM TODO O MARANHÃO

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